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domingo, 13 de outubro de 2013

Samsara - um parque de diversões



Uma pequena reflexão:
Da maneira que eu vejo, o dito Samsara, ou o mundo, é como um parque de diversões e não deve ser levado a sério, ele surge do desejo de experienciar, de sentir, de provar, por isso tantos dizem ser o mundo do desejo, e não tem nada de errado com isso, é como um passatempo, uma brincadeira.
Esse desejo também não tem nada de errado para ser renunciado, renunciar ao desejo é mesmo falta de compreensão, o desejo deve ser entendido saudavelmente e não rotulado e rejeitado. Nós todos já pusemos de lado o desejo de muita coisa por realizarmos tranquilamente que essas coisas não nos traziam felicidade, nós não rejeitamos, simplesmente sairam da nossa vida sem esforço, então é assim que o despertar vai tendo lugar, a pouco e pouco vamos vendo a ansiedade em que vivemos, sempre á procura da próxima experiência, da próxima ocupação, vamos vendo como saltamos de objecto em objecto á espera da satisfação definitiva que nunca chega, vemos um filme e aparentemente estamos bem, depois termina e logo vem a ansiedade por outra coisa, vamos comer, depois vamos fazer isto e isto, já planeamos as coisas com horas, dias e semanas de antecedência a fim de termos garantido todos os espaços de tempo ocupados, e assim vivemos sempre ansiosos, não há como sair disto a não ser pela compreensão que nada nos dá essa felicidade que tanto queremos, o ego, a mente fica frustrada e aí começa a ver que é ela própria a criadora da frustração e ansiedade,e que existe algo mais, um espaço de paz de onde todos esses pensamentos e movimentos aconteçem, que sempre nos tentam subornar com algo para fazer, prometendo uma felicidade que embora chegue, nunca fica. Não há nada que se possa fazer para ser feliz a não ser manter a atenção no coração, deixar tudo ser.


Di Santo

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