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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Um reflexo do nosso estado mental.



A nossa vida exterior, os nossos amigos, objectos etc, são um reflexo do nosso estado mental.
Vejo todo o mundo a correr eufórica e desesperadamente atrás da experiencia seguinte, do momento seguinte, de como ocupa-lo, de como fugir á quietude e silencio, do medo que tem de parar, de não estarem ocupados com seja o que for. A mente faminta escraviza, ordena que seja usada, seja a ver um filme, ler um livro, tudo para que ela se perpetue a si mesma. Mesmo a dar um passeio pela praia ou pela natureza, a mente não pára, constantemente a avaliar tudo e todos, sempre a criar separação entre o observador e a coisa observada, sempre a rotular e a julgar. As vezes a mente quer parar mas isso é impossível, porque aquele que quer parar a mente, o eu, o ego, também ele é mente, não existe tal coisa como eu e a minha mente, essa separação, ela própria, é criada pela mente, pelo pensamento, pela identificação com a pessoa, com o corpo. O "eu" não é nada mais que a mente criando uma imagem que considera ser si mesma com base no corpo, sem mente apenas existe o corpo e a consciência, alias, damos conta que somos essa consciência, essa presença e que tudo o resto, todas as formas, todos os pensamentos, tudo nasce e morre nesse espaço vivo.


Di Santo

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