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domingo, 20 de janeiro de 2013

O espaço e os objectos



Se observarmos o mundo, o universo, vemos que ele é basicamente formado por 2 coisas, objectos e espaço, planetas, estrelas, cometas e o espaço que permite eles existirem.  Geralmente nós nos consideramos um objecto, um ponto no espaço que observa e interpreta o resto lá fora através dos sentidos e da mente. O que aconteçe  é, por exemplo, vemos um objecto, uma pessoa ou um fenômeno e mente interpreta e nomeia conforme as experiencias do passado, ao fazer isto, a mente cria logo aquele que interpreta e nomeia, cria automaticamente o experienciador, o "eu" separado que se identifica com o corpo, ou seja, este "eu" que está deste lado e que observa e interpreta o "outro" que está do outro lado, o "outro" pode ser qualquer coisa, uma pessoa, um objecto, uma situação, um som, qualquer experiência, até mesmo uma emoção ou pensamento, a mente rótula e interpreta criando a separação, desejando ou afastando seja o que for. Na realidade o que nós somos é o espaço onde tudo isto aconteçe, onde todos os objectos, pessoas, estrelas, planetas dançam por algum tempo e a ele retornam, é este espaço  que permeia e permite tudo existir, é a vida em si, Deus, consciência, Tao, vazio, natureza de Buda, e o nosso corpo é apenas mais um objecto, mais uma forma dentro das infinitas formas que existem, uma forma que permite este espaço, esta consciência experimentar a variedade criada por ela própria. Não podemos encontrar este espaço como se de um objecto, uma forma se tratasse, não o podemos conheçer dualisticamente, apenas podemos reconheçer intuitivamente como sendo a nossa natureza, aquilo que somos eternamente.

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